quinta-feira, 22 de julho de 2010

FASCÍCULO 6: O Livro Didático em Sala de Aula: Algumas Reflexões.



O Livro Didático em Sala de Aula: Algumas Reflexões.

No fascículo 6, refletimos sobre o uso dos livros didáticos, suas mudanças e permanências no decorrer das últimas décadas, contribuições e influências no ensino aprendizagem. A análise de diversas cartilhas atuais e antigas permitiram analogias e constatações que permearam o ensino no passado e atualmente, trazendo indagações sobre o currículo e a prática empregada em cada momento da história da educação.

Culturalmente o livro didático tem seu lugar nas escolas brasileiras, caminhando por décadas ao lado do professor orientando o trabalho pedagógico. Para muitos foi o principal material escrito, manuseado e lido de forma sistemática pelas crianças, e mesmo por professores, limitando a visão de mundo e se restringindo aos textos, interpretações e produções na ótica daquele autor. Cabe ressaltar a importância do livro didático na regulação da prática, fornecendo uma linha para que os professores, dêem continuidade no processo, observando os conteúdos a serem estudados em cada etapa, a ordem em que devem ser ensinados, as atividades a serem desenvolvidos, os textos, entre outros; sabendo que não deve ser utilizado como único objeto de estudo, é imprescindível que seja complementado com gêneros literários variados e materiais de usos e funções sociais em âmbito geral.
Acompanhando as teorias de ensino behavioristas, condicionantes e mecanicistas da década de 70 as cartilhas e livros didáticos eram reprodutivistas, passando por grandes mudanças a partir da segunda metade da década de 80, uma vez que a educação passava por muitas transformações, com movimentos que refletiam nas políticas educacionais e consequentemente no currículo. Grandes estudiosos contribuíram para um ensino critico reflexivo, contextualizado e dinâmico, valorizando o contexto social da criança e perpassando o conceito do signo e respostas memorizadas. Atualmente existem livros didáticos bastante completos com metodologia diversificada, textos interessantes, interdisciplinares e contextualizados, ainda assim, considerando os recursos tecnológicos e a diversidade dos dias atuais, sabemos que não basta, é preciso sempre enriquecer, pesquisar e tornar as aulas cada vez mais chamativas e interessantes favorecendo a concentração e o aprendizado. A escolha do livro didático é muito importante devendo ser conduzida pelo coordenador e gestor educacional, envolvendo todos os educadores, observando os aspectos significativos da coleção, sua aplicabilidade, o teor dos textos, conteúdos e relação com o contexto social entre tantos outros fatores. Existe grande quantidade de coleções didáticas de língua portuguesa e de alfabetização, no Brasil nos dias de hoje, com uma variedade enorme de propostas pedagógicas, e sua eficácia e aplicabilidade vai depender em parte da escolha ser feita de acordo com a necessidade dos alunos e do professor, ser complexa oferecendo suporte ao educador, e da concepção pedagógica, entre outras. Observar a pluralidade, o contexto histórico, os saberes elencados, valores e atitudes estimulados, é essencial para uma boa escolha. Sendo o educador responsável pelas mudanças e transformações sociais, a maneira como conduzirá as aulas e os materiais escolhidos são determinantes para a qualidade do ensino, devendo estar repletos de boas leituras e produções significativas, iniciando e conduzindo o ensino numa perspectiva letrada.

3 comentários:

  1. A FORMAÇÃO CONTINUADA É MUITO PROVEITOSA, POIS TROCAMOS IDEIAS, SOMAMOS CONHECIMENTO, DESENFERRUJAMOS O SABER, POLIMOS A CRIATIVIDADE, MAS É UMA PENA QUE SOMOS TRATADOS COMO UM ZERO A ESQUERDA, SAÍMOS DE NOSSA PEQUENA VILA E ANDAMOS APROXIMADAMENTE 49 KM E NEM SE QUER RECEBEMOS UMA GRATIFICAÇÃO AO MENOS PARA COBRIR PELO MENOS UM POUCO DO DESGASTE E O CANSAÇO, E MAIS COMO ALGUNS MUNICÍPIOS PODEM REMUNERAR A FORMAÇÃO CONTINUADA E OUTROS NÃO; PORQUE???? GOSTARIA DE SABER. SOMOS DO MUNICÍPIO DE MANTENA MG, ONDE A DITADURA VOLTOU NO TEMPO E ESTAMOS PENANDO. SOCORROOOOOOOOOOOOO!DIZEM QUE SÓ DEUS PODERÁ NOS AJUDAR, MAS SE ELE DEMORAR MUITO VAMOS ENLOUQUECER...

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  2. Primeiramente quero agradecer a visita ao blog, em segundo dizer a você que depende de que formação continuada, você está perguntando, pois em si tratando do Pró Letramento, como é fianciado pelo MEC, nós as orientadoras de estudos recebemos uma bolsa do próprio mec, e ainda temos um adicional de 20 horas como consta no contrato de adesão, sei ainda que o MEC, também tem outros cursos assim como o gestar e o Pró Infantil. Quanto a formação continuada nas escolas geralmente quem ministra é as orientadoras dos cefapros que tem em nosso estado que já recebem e trabalham só com isso ou ainda a coordenadora da escola que não está em sala de aula e tem função gratificada para exercer sua função. Não sei se respondi, mas qualquer coisa e dúvida so me mandar um email. Abraços.
    Att Josisléia
    josycrezende@hotmail.com
    josycrezende@gmail.com

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  3. Estava pesquisando para fazer o relatório do fascículo 6 e 7, encontrei seu blogs.
    Gostei das suas reflexões. Esta de parabéns.
    Estou fazendo o pró este ano, sou do Mato Grosso Do Sul.
    Vou visitar, mas vezes...
    Abraços.

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