terça-feira, 30 de março de 2010

FASCÍCULO 3: ORGANIZAÇÃO DO TEMPO PEDAGÓGICO E O PLANEJAMENTO DE ENSINO.

Cursistas Edvânia e Luiza Helena, sempre dedicadas e participativas.



Cursista Eliane, que bom tê-la conosco, enriquecendo os encontros.



Cursistas Dinamar e Wonney, valeu a contribuição e participação de vocês.



Cursista Acreone, obrigada pela contribuição.


Cursistas Neliana e Jucilaine, valeu meninas pela troca de experiências.



PLANEJAMENTO É…


1. Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações (PADILHA, 2001, p. 30).
2. Planejar, em sentido amplo, é um processo que “visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios que apontem para sua superação, de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro”. Mas considerando as condições do presente, as
experiências do passado, os aspectos contextuais e os pressupostos filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja e com quem se planeja. (idem, 2001, p. 63).
Planejar é uma atividade que está dentro da educação, visto que esta tem como características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação. Planejar e avaliar andam de mãos dadas.
PLANO DE AULA É…
Plano de aula é um documento utilizado pelo professor para elaborar o seu dia letivo, para o registro de decisões do tipo: o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer, com quem fazer. Para existir plano é necessária a discussão sobre fins e objetivos, culminando com a definição dos mesmos, pois somente desse modo é que se podem responder as questões indicadas acima.O plano é a “apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas relativas à ação a realizar” (FERREIRA apud PADILHA, 2001, p. 36).
Plano tem a conotação de produto do planejamento.Plano de aula é um “guia” e tem a função de orientar a prática do professor, partindo da própria prática e, portanto, não pode ser um documento rígido e absoluto. Ele é a formalização dos diferentes momentos do processo de planejar que, por sua vez, envolve desafios e contradições (FUSARI, op. cit.).

domingo, 14 de março de 2010

domingo, 7 de março de 2010

FASCÍCULO 2: AVALIAÇÃO

A dinâmica da avaliação da aprendizagem é complexa, pois é preciso acompanhar os percursos individuais que se constituem no espaço coletivo. Há diversas modalidades de avaliação, caracterizadas conforme o período ou momento em que ocorrem e conforme os objetivos (Bloom et al., 1983; Jorba e Sanmartí, 2003). A avaliação diagnóstica inicial é realizada no começo do processo e tem por objetivo coletar informações sobre o conhecimento prévio do aluno. A avaliação formativa é realizada ao longo do proceso de ensino-aprendizagem e corresponde a uma concepção do ensino que considera que aprender é um longo processo por meio do qual o aluno vai reestruturando seu conhecimento a partir das atividades que executa. Dessa forma, possibilita que o professor acompanhe o desenvolvimento do aluno por meio de aproximações sucessivas.
A avaliação somativa enfatiza os resultados obtidos ao final do processo a fim de verificar se os objetivos propostos foram (ou não)alcançados pelos alunos.Conforme os autores, esse tipo de avaliação predomina na grande maioria das instituições educacionais, onde a prova ou teste são o principal instrumento utilizado. O maior problema da avaliação somativa é que, na maioria das vezes, ela é utilizada como única fonte de avaliação educativa.
Jorba e Sanmartí (2003) ressaltam que a avaliação da aprendizagem apresenta basicamente duas funções, compreendendo um caráter social e outro pedagógico ou formativo. Por um lado, o caráter social da avaliação envolve seleção e classificação, predominantemente realizada no final do período de formação, de modo a atestar a aquisição (ou não) de conhecimentos que permitirão (ou não) a um determinado aluno cursar o nível seguinte. Por outro lado, o caráter pedagógico ou formativo apresenta informações relevantes para que o professor possa adequar as atividades às necessidades dos alunos. Nessa perspectiva, a avaliação não pode centrar-se apenas no final do processo de ensino-aprendizagem, mas permeia todo o seu desenvolvimento.
PÁTIO ANO XIII Nº50 MAI/JUL 2009.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Ditado pelas crianças

Numa das minhas andanças pelos blogs de alfabetização encontrei este texto interessantíssimo. Sugiro que visitem o blog: http://www.sandrabozza.com.br/

O ditado pelas crianças... como seria? Eu escriba?

(Sandra Bozza)
Quando as crianças ditam e você escreve há uma oportunidade especial para que MUITOS conteúdos de Língua Portuguesa sejam mediados com tranqüilidade. Para isso é preciso:

a) selecionar pequenos textos (ou versos, adivinhas de duas linhas) que eles saibam de cor;

b) organizar o ditado para que todos ditem em conjunto e em tom de voz bem audível;

c) Você escrever falando em voz alta e ajustando a FALA à ESCRITA;

d) ler, apontando, o que já escreveu e reorganizar a parte que ainda precisa ser ditada pelos alunos.

e) Para concluir, encaminhar a leitura com toda a turma, diversas vezes e até colocá-los em situação de leitura individual, se for o caso (se o desenvolvimento das cças permitir).

Esse tipo de encaminhamento sistematiza os seguintes conteúdos de Língua:

Função social da escrita (escreve-se para alguém ler, com determinada intenção)

Relação oralidade/escrita (a linguagem falada pode ser representada pela escrita)

Idéia de representação (há várias formas de se representar as idéias e os objetos, mas a escrita representa os sons da fala e não os objetos/idéias que as palavras representam)

Escrita como sistema de representação (a linguagem escrita não se caracteriza apenas como a transcrição gráfica da fala, é articulada através de convenções específicas, símbolos que formam um complexo sistema)

Alfabeto como conjunto de símbolos próprios da escrita (com apenas 23 letras – além do K,Y,W - combinadas apropriadamente é possível escrever qualquer palavra)

Outros sinais da escrita: os diacríticos - acentuação, sinais gráficos e de pontuação (além das letras, o sistema de escrita utiliza outros símbolos para veicular idéias adequadamente)

Relação grafema/fonema (como se combinam letras e sons)

Direção da escrita (escreve-se, geralmente, da esquerda para a direita e de cima para baixo)

Espaçamento entre as palavras (as palavras escritas, contrariamente à oralidade, necessitam de um espaço entre si)

Unidade temática (todas as partes do texto estão relacionadas entre si e com uma unidade de sentido maior: a intenção, o tema, o assunto)

O que funciona na Alfabetização?

O que se ensina quando se ensina a ler e escrever?

A plena inserção no mundo da escrita, envolve pelo menos três complexas dimensões que se articulam e que se complementam: uma dimensão lingüística (a conversão da oralidade em escrita); uma dimensão cognitiva (as atividades da mente em interação tanto com o sistema de escrita, no processo de aquisição do código, quanto com o texto em sua integridade, no processo de produção de significado e sentido); uma dimensão sociocultural (a adequação das atividades de leitura e escrita aos diferentes eventos e práticas em que essas atividades são exercidas).

A complexidade do processo gera divergências sobre o qual deve ser o objeto da alfabetização. Há os que consideram que o objeto é o processo lingüístico e cognitivo de aquisição da tecnologia da escrita, domínio dos sistemas alfabético e ortográfico de escrita, e das convenções que governam o uso desses sistemas. Há também os que consideram que, sendo a finalidade da leitura e da escrita a construção de significados e sentidos dos materiais escritos que circulam em práticas socioculturais, o objeto da aprendizagem da língua escrita é, desde o seu primeiro momento, a compreensão, na leitura, e a utilização, na escrita, de numerosos e variados gêneros e portadores de textos, vivenciados em diferentes contextos, visando a diferentes objetivos e diferentes destinatários. Finalmente, há os que, julgando incoveniente e mesmo impossível fragmentar um processo cujos componentes são inter-relacionados e interconectados, consideram que o objeto da alfabetização é a língua escrita em sua inteireza, envolvendo todas as dimensões e todos os seus componentes.

Naturalmente, as divergências quanto ao objeto da alfabetização - o que se ensina a ler e escrever - determinam as divergências quanto aos métodos de alfabetização - como se deve ensinar a ler e a escrever - e, conseqüentemente, divergências quanto aos resultados da alfabetização - o que funciona na alfabetização.

Fonte Magda Soares, Revista Pátio ago/out 2008

Experiência _ William Shakespeare


Depois de algum tempo você aprende que:
Amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão seja boa uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se levam anos para construir confiança e apenas alguns segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distancias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam.
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influências sobre nós, mas nós mesmos somos responsáveis por nós mesmos.
Começa aprender que você não deve se comparar com os outros, mas com o melhor de você.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar à pessoa que se quer, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo, e que se você não sabe onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que ajudam a levantar-se.
Aprende que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve e que você aprendeu com elas, do que com quanto aniversário você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a severidade com que julga você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
E então você aprende que realmente pode suportar... Que realmente é forte, e que pode ir mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e você tem valor diante da vida!
Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse medo de tentar.

Algumas diferenças entre Piaget e Vygotsky




Um dos pontos divergentes entre Piaget e Vygostky parece estar basicamente centrado na concepção de desenvolvimento. A teoria piagetiana considera-o em sua forma retrospectiva, isto é, o nível mental atingido determina o que o sujeito pode fazer. A teoria vygostkyana, considera-o na dimensão prospectiva, ou seja, enfatiza que o processo em formação pode ser concluído através da ajuda oferecida ao sujeito na realização de uma tarefa.
Enquanto Piaget não aceita em suas provas "ajudas externas", por considerá-las inviáveis para detectar e possibilitar a evolução mental do sujeito, Vygotsky não só as aceita, como as considera fundamentais para o processo evolutivo.
Se em Piaget deve-se levar em conta o desenvolvimento como um limite para adequar o tipo de conteúdo de ensino a um nível evolutivo do aluno, em Vygotsky o que tem que ser estabelecido é uma seqüência que permita o progresso de forma adequada, impulsionando ao longo de novas aquisições, sem esperar a maduração "mecânica" e com isso evitando que possa pressupor dificuldades para prosperar por não gerar um desequilíbrio adequado. É desta concepção que Vygotsky afirma que a aprendizagem vai à frente do desenvolvimento.
Assim, para Vygotsky, as potencialidades do indivíduo devem ser levadas em conta durante o processo de ensino-aprendizagem. Isto porque, a partir do contato com uma pessoa mais experiente e com o quadro histórico-cultural, as potencialidades do aprendiz são transformadas em situações que ativam nele esquemas processuais cognitivos ou comportamentais, ou de que este convívio produza no indivíduo novas potencialidades, num processo dialético contínuo. Como para ele a aprendizagem impulsiona o desenvolvimento, a escola tem um papel essencial na construção desse ser; ela deveria dirigir o ensino não para etapas intelectuais já alcançadas, mas sim, para etapas ainda não alcançadas pelos alunos, funcionando como incentivadora de novas conquistas, do desenvolvimento potencial do aluno.
PIAGET, J. e GRECO, P. Aprendizagem e conhecimento. São Paulo: Freitas Bastos, 1974.
VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

A concepção de educação de Paulo Freire, percebe o homem como um ser autônomo.




Esta autonomia está presente na definição de vocação ontológica de ‘ser mais’ que está associada com a capacidade de transformar o mundo. É exatamente aí que o homem se diferencia do animal. Por viver num presente indiferenciado e por não perceber-se como um ser unitário distinto do mundo, o animal não tem história.
A educação problematizadora responde à essência do ser e da sua consciência, que é a intencionalidade.
A intencionalidade está na capacidade de admirar o mundo, ao mesmo tempo desprendendo-se dele, nele estando, que desmistifica, problematiza e critica a realidade admirada, gerando a percepção daquilo que é inédito e viável.
Resulta em uma percepção que elimina posturas fatalistas que apresentam a realidade dotada de uma determinação imutável.
Por acreditar que o mundo é passível de transformação a consciência crítica liga-se ao mundo da cultura e não da natureza.
O educando deve primeiro descobrir-se como um construtor desse mundo da cultura.
Essa concepção distingue natureza de cultura, entendendo a cultura como o acrescentamento que o homem faz ao mundo, ou como o resultado do seu trabalho, do seu esforço criador. Essa descoberta é a responsável pelo resgate da sua auto-estima, pois, tanto é cultura a obra de um grande escultor, quanto o tijolo feito pelo oleiro.
Procura-se superar a dicotomia entre teoria e prática, pois durante o processo, quando o homem descobre que sua prática supõe um saber, conclui que conhecer é interferir na realidade, percebe-se como um sujeito da história.
Para ele "não se pode separar a prática da teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber, respeito ao professor de respeito aos alunos, ensinar de aprender".
____________Referência bibliográfica
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 15. ed. São Paulo : Paz e Terra, 2000. p 36-37

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FASCÍCULO 1:


Alfabetização
Historicamente, o conceito de alfabetização se identificou ao ensino-aprendizado da tecnologia da escrita, quer dizer, do sistema alfabético de escrita, o que em linhas gerais, significa na leitura, a capacidade de decodificar os sinais gráficos, transformando-os em sons, e na escrita a capacidade codificar os sons da fala, transformando-os em sinais gráficos.
A partir dos anos de 1980, o conceito de alfabetização foi ampliado com as contribuições dos estudos sobre a psicogênese da aquisição da língua escrita, particularmente com os trabalhos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky. De acordo com os estudos, o aprendizado do sistema de escrita não se reduziria ao domínio de correspondências entre grafemas e fonemas (a decodificação e a codificação), mas se caracteriza como um processo ativo por meio do qual a criança, desde seus primeiros contatos com a escrita, construiria e reconstruiria hipóteses sobre a natureza e o funcionamento da Língua escrita.
que é letramento?

O que alfabetização?

O que é alfabetizar letrando?
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas “o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado” (Soares, 1998, p. 47).

quinta-feira, 4 de março de 2010

Um pouco sobre Emília Ferreiro. O processo de construção da escrita

Na fase 1, início dessa construção, as tentativas das crianças dão-se no sentido da reprodução dos traços básicos da escrita com que elas se deparam no cotidiano. O que vale é a intenção, pois, embora o traçado seja semelhante, cada um "lê" em seus rabiscos aquilo que quis escrever. Desta maneira, cada um só pode interpretar a sua própria escrita, e não a dos outros. Nesta fase, a criança elabora a hipótese de que a escrita dos nomes é proporcional ao tamanho do objeto ou ser a que está se referindo.

Na fase 2, a hipótese central é de que para ler coisas diferentes é preciso usar formas diferentes. A criança procura combinar de várias maneiras as poucas formas de letras que é capaz de reproduzir.
Nesta fase, ao tentar escrever, a criança respeita duas exigências básicas: a quantidade de letras (nunca inferior a três) e a variedade entre elas, (não podem ser repetidas).

Na fase 3, são feitas tentativas de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem a palavra. Surge a chamada hipótese silábica, isto é, cada grafia traçada corresponde a uma sílaba pronunciada, podendo ser usadas letras ou outro tipo de grafia. Há, neste momento, um conflito entre a hipótese silábica e a quantidade mínima de letras exigida para que a escrita possa ser lida.
A criança, neste nível, trabalhando com a hipótese silábica, precisa usar duas formas gráficas para escrever palavras com duas sílabas, o que vai de encontro às suas idéias iniciais de que são necessários, pelo menos três caracteres. Este conflito a faz caminhar para outra fase.

Na fase 4 ocorre, então a transição da hipótese silábica para a alfabética. O conflito que se estabeleceu - entre uma exigência interna da própria criança ( o número mínimo de grafias ) e a realidade das formas que o meio lhe oferece, faz com que ela procure soluções.Ela, então, começa a perceber que escrever é representar progressivamente as partes sonoras das palavras, ainda que não o faça corretamente.

Na fase 5, finalmente, é atingido o estágio da escrita alfabética, pela compreensão de que a cada um dos caracteres da escrita corresponde valores menores que a sílaba, e que uma palavra, se tiver duas sílabas, exigindo, portanto, dois movimentos para ser pronunciada, necessitará mais do que duas letras para ser escrita e a existência de uma regra produtiva que lhes permite, a partir desses elementos simples, formar a representação de inúmeras sílabas, mesmo aquelas sobre as quais não se tenham exercitado.

Vera Lúcia Camara Zacharias é mestre em Educação, Pedagoga, consultora educacional, assessora diversas instituições, profere palestras e cursos, criou e é diretora do CRE.

Leitura deleite. O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO!!!!!!!!!!!

O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO!!!!!!!!!!!

(Jô Soares)

É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado..
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um 'caxias'.Precisa faltar, é um 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato..
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.
É o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.


(fonte - Revista do Professor de Matemática, no.36,1998.)

Leitura deleite sobre a avaliação.

O CACHORRO

Um açougueiro estava em sua loja e ficou surpreso quando um cachorro entrou.
Ele espantou o cachorro, mas logo o cãozinho voltou. Novamente ele tentou espantá-lo, foi quando viu que o animal trazia um bilhete na boca.

Ele pegou o bilhete e leu: – “Pode me mandar 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor. Assinado: dono do cachorro.

Ele olhou e viu que dentro da boca do cachorro havia uma nota de 50 Reais.

Então ele pegou o dinheiro, separou as salsichas e a perna de carneiro, colocou numa embalagem plástica, junto com o troco, e pôs na boca do cachorro.
O açougueiro ficou impressionado e como já era mesmo hora de fechar o açougue, ele decidiu seguir o animal.

O cachorro desceu a rua, quando chegou ao cruzamento deixou a bolsa no chão, pulou e apertou o botão para fechar o sinal. Esperou pacientemente com o saco na boca até que o sinal fechasse e ele pudesse atravessar a rua.

O açougueiro e o cão foram caminhando pela rua, até que o cão parou em uma
casa e pôs as compras na calçada.

Então, voltou um pouco, correu e se atirou contra a porta. Tornou a fazer isso. Ninguém respondeu na casa. Então, o cachorro circundou a casa, pulou um muro baixo, foi até a janela e começou a bater com a cabeça no vidro várias vezes. Depois disso, caminhou de volta para a porta, e foi quando alguém abriu a porta e começou a bater no cachorro.

O açougueiro correu até esta pessoa e o impediu, dizendo: – “Por Deus do céu, o que você está fazendo? O seu cão é um gênio!”


A pessoa respondeu: – “Um gênio? Esta já é a segunda vez esta semana que este estúpido ESQUECE a chave!!!”.

Moral da História:
“Você pode continuar excedendo às expectativas, mas para os olhos de alguns, você estará sempre abaixo do esperado.”


fonte http://apaixonadosporletramento.blogspot.com/2009/09/avaliacao.html

Secretária Municipal de Educação Vânia Carrijo,e cursistas presentes na abertura do Pró- Letramento.









PRÓ–LETRAMENTO ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM 
O que é o Pró-Letramento?

O Pró-Letramento - Mobilização pela Qualidade da Educação - é um programa de formação continuada de professores, para melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática nas séries iniciais do ensino fundamental. O Programa é realizado pelo MEC, em parceria com Universidades que integram a Rede Nacional de Formação Continuada e com adesão dos estados e municípios. Podem participar todos os professores que estão em exercício, nas séries iniciais do ensino fundamental das escolas públicas.
O Pró-Letramento funciona na modalidade a distância. Para isso, utiliza material impresso e vídeos e conta com atividades presenciais, que são acompanhadas por professores orientadores, também chamados tutores.

Objetivos
  • Os objetivos do Pró-Letramento são: oferecer suporte à ação pedagógica dos professores das séries iniciais do ensino fundamental, contribuindo para elevar a qualidade do ensino e da aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática;
  • Propor situações que incentivem a reflexão e a construção do conhecimento como processo contínuo de formação docente; q desenvolver conhecimentos que possibilitem a compreensão da matemática e da linguagem e seus processos de ensino e aprendizagem;
  • Contribuir para que se desenvolva nas escolas uma cultura de formação continuada;
  • Desencadear ações de formação continuada em rede, envolvendo Universidades, Secretarias de Educação e Escolas Públicas dos Sistemas de Ensino.

Organização: O curso é composto por 7 fascículos
1) Capacidades lingüísticas: alfabetização e letramento
2) Alfabetização e letramento: questões sobre avaliação
3) A organização do tempo pedagógico e o planejamento de ensino
4) A Organização e uso da biblioteca escolar e das salas de leitura;
5) O lúdico na sala de aula: Projetos e jogos;
6) O livro didático em sala de aula: algumas reflexões;
7) Modos de falar/Modos de escrever.
Dinâmica: Cada fascículo deve ser estudado em três encontros de quatro horas semanais.

Ocorre por meio de um processo contínuo (formação continuada)
Valoriza-se o cotidiano escolar como espaço de construção de conhecimentos
Privilegia-se a utilização de diferentes metodologias
Valoriza-se as experiências do professor em formação (conhecimentos e experiências já acumulados pelo profissional)
Pautada em situações que levem o professor a refletir sobre sua ação cotidiana, buscando identificar os modelos teóricos que servem de suporte para a ação.
A escrita e a leitura são estimuladas durante todo o processo de formação, e a reflexão sobre os registros realizados (memórias do professor, diário de campo, caderno de acompanhamento dos alunos...) fazem parte das estratégias de formação.

Estado do Mato Grosso

Centro de Estudos em Educação e Linguagem CEEL / UFPE
Universidades parceiras:
UFMT

Estrutura do curso para os professores:
Duração
O curso terá a duração de 120 horas distribuídas em dois momentos:
Presencial – para início do curso e desenvolvimento de atividades coletivas, num total de 84 horas, com duração de quatro horas semanais;
Atividades individuais, num total de 36 horas.

FONTE: PRÓ- LETRAMENTO. FORMAÇÃO CONTINUADA.